Por Paulo Monteiro Júnior

sábado, 29 de junho de 2019

Detentos da Penitenciária de Caruaru iniciam trabalhos para reformar equipamentos do HRA

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Foto disponível no blog Portal do detalhe
Detentos da Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, Agreste pernambucano, vão reformar equipamentos e mobiliários do Hospital Regional do Agreste (HRA). A iniciativa é da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e Executiva de Ressocialização (Seres).
Os trabalhos já foram iniciados e são acompanhados por agentes penitenciários. Durante os próximos três meses, serão restaurados e recuperados mais de 200 itens, como macas, cadeiras giratórias, camas e mobiliários.
Além de devolver os equipamentos restaurados ao hospital, a ação vista oferecer ocupação aos reeducandos.
Por: Helevinaldo Pereira
Fonte: Rádio Liberdade

domingo, 23 de junho de 2019

Enem 2019: sete dicas para se preparar para o exame

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Em matéria publicada em maio, O GLOBO entrevistou alguns professores que elaboraram um roteiro contendo sete dicas para os alunos que se preparam para o Enem edição 2019. Confiram abaixo:


1. Quem já começou a estudar deve manter o ritmo. É importante colocar o conteúdo em dia;
2. Exercite a Redação e faça ao menos uma por semana. Amplie, aos poucos, sua produção de textos
3. Leia sobre atualidades. Preste atenção a temas polêmicos, como a discussão em torno de vacinar ou não os filhos, mas também fique por dentro de questões do dia a dia;
4. Faça diagnósticos: pense nos erros cometidos e veja como solucionar o problema
5. Vai começar a estudar após a inscrição? Não se desespere. Identifique o cronograma das matérias e o que foi dado até ali, para ter noção de quanto tempo vai gastar para colocar os assuntos em dia;
6. Estabeleça metas de estudo e se mantenha fiel a elas;
7. Consulte edições anteriores do Enem e dê atenção especial a temas que costumam ser mais cobrados.
Rodrigo Reis, vice-diretor acadêmico do Colégio e Curso de A a Z, indica fazer uma agenda para organizar os estudos.
— É interessante que os alunos separem uma horinha do fim de semana para sentar e organizar a agenda de atividade e estudos da semana seguinte. Assim, podem estabelecer um cronograma de estudos e conseguem encaixar intervalos para lazer e relaxar. Claro que essas atividades de lazer não podem comprometer as horas de estudo que ainda virão. Um ponto positivo dessa agenda é que o aluno tem o controle de que está cumprindo suas obrigações e tem a noção exata de que "pode" ter aquele momento de lazer. Além isso, também pode regular melhor as horas de estudo para que não prejudique o sono.
Ele também indica fazer muitos exercícios e simulados, sempre deixando a calculadora de lado.
O professor de História Flávio Ribeiro, coordenador da disciplina no CEL, procura tranquilizar os estudantes em relação a possíveis mudanças de conteúdo nas provas. Segundo ele, não deve ser cobrado nada muito diferente dos vestibulares mais conservadores:
— Devem acabar os temas transversais. A tendência é que a prova não trate de assuntos ligados a minorias. Ela deve ser mais conteudista, trabalhando o conteúdo clássico dos livros didáticos.
O professor de literatura e redação Bernardo Soares, do Colégio Bahiense, recomenda que os alunos tenham cuidado com o modo como organizam o estudo de cada disciplina.
— Um erro muito comum é o estudante focar apenas nas matérias que mais gosta. Outras disciplinas ficam atrasadas em seu cronograma e ele vai se embolando. Se a pessoa já sabe o conteúdo, deve reservar mais tempo para exercícios.
Para Soares, planejamento é a palavra-chave. Vale a pena a pena recorrer a uma agenda ou a aplicativos de gerenciamento para organizar o dia, reservando horário de almoço e tempo para descanso.
— Também é importante usar técnicas que facilitem o tempo de estudo, transformando esse período em algo proveitoso — acrescenta.
Organização é a palavra de ordem na rotina de Rafael Peres, de 17 anos, do terceiro ano do ensino médio do colégio pH.

— Estudo entre 10 e 11 horas por dia, somando colégio e casa. Mas reservo algum espaço para o lazer, geralmente nos fins de semana — diz ele, que vai concorrer a uma vaga em Medicina.
Alguns jovens se dedicam aos estudos, mas sem montar uma planilha. É o  caso de Carlos Eduardo Cardoso Age Faria, de 17 anos, aluno do Centro Educacional da Lagoa (CEL). Ele quer cursar Engenharia Mecânica e sua primeira opção é a UFRJ.
— Estudo todos os dias. A prova é maldosa, tem muitas "pegadinhas", e o desgaste é grande. Não fico nervoso porque estou me preparando, mas não vou subestimar o Enem.
Fonte: O GLOBO

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Parlamentares de Pernambuco discutem soluções para cenário de violência nas escolas

Audência pública na ALEPE. Foto: Roberta Guimarães disponível no portal da ALEPE.

Mais da metade das crianças e adolescentes de 67 escolas brasileiras sentem-se inseguras no local em que estudam. Esse é um dos resultados da pesquisa apresentada pela organização não governamental (ONG) Visão Mundial em audiência pública realizada na manhã desta quarta (19), na Alepe, sobre a violência no ambiente escolar. Promovido pela Comissão de Educação e pela Frente Parlamentar em Defesa da Primeira Infância, o evento contou com a presença de deputados, gestores públicos e especialistas do terceiro setor.
O levantamento, realizado em 2018, mostra dados do Recife e de outras seis cidades do País. A sensação de insegurança é maior entre crianças e jovens com deficiência, negros e do sexo feminino. Dos entrevistados, 84% afirmaram ter presenciado brigas entre alunos no colégio. Cerca de um terço deles relata sofrer ameaça, abuso físico ou xingamento na escola e têm aulas canceladas em razão de tiroteio ou confusão no entorno de onde estudam.
A coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Primeira Infância, deputada Simone Santana (PSB), destacou que debater o tema é importante para aprimorar as políticas públicas voltadas ao ambiente escolar. “A violência nas escolas depende de múltiplos fatores, desde a convivência familiar, o caminho até o colégio e estigmas sociais”, observou a parlamentar.
Karina Lira, assessora nacional de proteção à infância da ONG Visão Mundial, propõe que as soluções devem partir de uma ampla articulação. “A escola precisa responder juntamente a uma rede de proteção composta por assistência social, apoio socioeducativo, saúde, conselho tutelar e a própria Justiça. Essas instituições podem fazer o trabalho de pensar aquele território, com ações de prevenção e também de identificação e suporte às crianças que já são vítimas da violência identificadas no âmbito escolar”, acredita.
Nesse sentido, o deputado Delegado Erick Lessa (PP), enfatizou que uma das principais medidas para a redução da violência nas escolas deve ser o fortalecimento dos conselhos escolares. Já Romário Dias (PSD), que preside a Comissão de Educação, acredita que os parlamentares, por meio do colegiado, devem procurar caminhos para enfrentar o problema. “Pretendemos providenciar, em agosto, uma nova reunião com a presença de representantes do Ministério da Educação porque acreditamos que o MEC não está entendendo ainda as necessidades do País”, informou.
Também participaram do encontro Dulcicleide Amorim (PT), Juntas (PSOL), Professor Paulo Dutra (PSB), Sivaldo Albino (PSB), Teresa Leitão (PT) e William Brigido (PRB).
Plenário – À tarde, Simone Santana repercutiu a audiência pública em discurso na Reunião Plenária. Além da representatividade da reunião, ela destacou os relatos feitos por crianças e adolescentes sobre bullying, homofobia e discriminação racial. A deputada sugeriu que o Projeto de Lei n° 126/2019, de autoria dela, para obrigar serviços de saúde a notificar casos de violência autoprovocada, poderia ser ampliado para as escolas.
“Estamos inseridos até as raízes em uma cultura de ódio e violência, que não vai ser resolvida com mais ódio e violência, muito menos com armas. Somente a construção em rede de uma cultura de paz vai criar as condições necessárias para que esses jovens se desenvolvam no máximo de seu potencial, sem o flagelo de que são vítimas hoje”, afirmou a socialista.
Fonte: Portal ALEPE


quinta-feira, 20 de junho de 2019

Analfabetismo cai, mas ainda fica fora da meta no Norte e no Nordeste.

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A taxa de analfabetismo no Brasil entre pessoas com 15 anos ou mais caiu de 2017 para 2018, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A redução, no entanto, foi tímida: o percentual, que era de 6,9%, passou para 6,8%. A taxa corresponde a 11,3 milhões de analfabetos. As desigualdades regionais evidenciam o desafio do país em atingir uma meta estabelecida pelo PNE (Plano Nacional de Educação) para 2015, que previa a redução da taxa de analfabetismo para 6,5% naquele ano.
Com percentuais elevados de analfabetismo, apenas Norte e Nordeste não cumpriram a meta do PNE. Na primeira região, a taxa de pessoas com 15 anos ou mais que não sabia ler ou escrever em 2018 era de 8%, percentual que se manteve estável em comparação a 2017. Na segunda, a taxa era de 13,9% no ano passado, contra 14,5% no ano anterior --um recuo de 0,6 ponto percentual. A região Sudeste apresentou o menor percentual de analfabetos, com 3,47%, seguida pelo Sul, com 3,63%. No Centro-Oeste, o percentual era de 5,4%. Em comparação com 2017, nenhuma delas apresentou variação maior do que 0,5 ponto percentual. 
O IBGE não especifica, no entanto, em que ano as regiões com menores taxas de analfabetismo passaram a cumprir a meta do PNE. Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua, que só desde 2016 possui um módulo de educação. Marina Águas, analista do IBGE, afirma que a pesquisa demonstra que "as oportunidades não foram necessariamente iguais entre todas as regiões" --algo que ela aponta ser "uma coisa histórica do Brasil"
À sua frente, o país tem um desafio ainda maior, já que o PNE traz a previsão de que o analfabetismo seja erradicado do Brasil até 2024. "O ritmo dessa redução vai depender das políticas públicas que forem propostas até 2024 para que as pessoas sejam alfabetizadas", destaca a analista. "A meta é alcançar a erradicação em todo o território brasileiro, mas o que tem que ser feito [em cada região] provavelmente é diferente, dado que os patamares de taxa são diferentes entre as regiões", afirma.
Uma das primeiras medidas do governo de Jair Bolsonaro (PSL) na área da educação foi a criação de um Plano Nacional de Alfabetização, criado por decreto, em abril. Especialistas divergem sobre a eficácia da proposta, que segundo eles prioriza uma metodologia única.

Taxa é maior entre negros idosos 

A proporção de analfabetos continua maior entre a população idosa, em especial aqueles que se identificam como pretos ou pardos. Em 2018, 27,5% das pessoas de 60 anos ou mais que se identificaram como pretas ou pardas eram analfabetas --percentual quase três vezes maior do que entre idosos de cor branca, que foi de 10,3%. Entre as pessoas de 15 anos ou mais de cor branca, a taxa de analfabetismo foi de 3,9%. O percentual se eleva para 9,1% entre as pessoas da mesma idade que se identificaram como pretas ou pardas. Ao mesmo tempo em que o percentual de analfabetos entre idosos negros foi maior em 2018, o grupo teve a maior redução de pessoas que não sabiam ler ou escrever entre 2016 e o ano passado, com uma queda de 3,2 pontos percentuais.

Por:  Ana Carla Bermúdez
Fonte: UOL São Paulo

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Pedidos de asilo no Brasil crescem 136% em 2018, chegando a 80 mil. Mais de 61 mil foram feitos por venezuelanos

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Agência da ONU afirma que Brasil aparece em 6º na lista de países com o maior número de novos pedidos. País tem 152.690 pedidos de refúgio aguardando resposta

Os pedidos de refúgio mais que dobraram no Brasil em 2018. No ano passado, o país recebeu 80 mil novas solicitações — em 2017, foram 33.800. Os dados são do relatório “Tendências Globais ”, divulgado nesta quarta-feira pela Agência da ONU para os Refugiados (Acnur). O Brasil já é o sexto país em recepção de novos pedidos de asilo, atrás de Estados Unidos, Peru, Alemanha, França e Turquia.
Nas últimas edições da pesquisa, o Brasil mal aparecia na lista. Começou a ter destaque no estudo de 2017, que indicava 10.300 novos pedidos de refúgio no ano anterior. Desta vez, o destaque é puxado pelas crescentes solicitações de venezuelanos. Eles representam mais de três quartos dos pedidos ao Brasil. Das 80 mil novas solicitações, 61.600 vieram de venezuelanos .
Apesar da crescente procura, o país não é o principal destino para os venezuelanos. Em 2018, foi o Peru que recebeu o maior número de solicitações de refúgio da Venezuela: 190.500.
— O número de venezuelanos chegando a outros países também aumentou. Não é uma crise do Brasil. A pressão é geral. Há mais de um milhão na Colômbia — diz Bernardo Laferté, coordenador-geral do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), órgão do Ministério da Justiça que analisa as solicitações de refúgio no Brasil.
O relatório do Acnur indica que, em 2018, os venezuelanos foram o grupo com maior número de solicitações de refúgio no mundo : responderam por 341.800 novos pedidos no ano passado. No estudo do ano anterior, estavam em quarto lugar, com 111.600 novos processos — afegãos, sírios e iraquianos apareciam à frente.
Atualmente, segundo o estudo, mais de cinco mil pessoas deixam a Venezuela diariamente. Os destinos mais buscados são Colômbia, Equador, Peru, Chile e Brasil . Até o final de 2018, mais de três milhões de venezuelanos deixaram suas casas rumo a outros países do continente e do Caribe. O número pode bater os cinco milhões até o fim deste ano, no maior êxodo na história recente da América Latina e em uma das mais sérias crises hoje no mundo.
Por: Elisa Martins   
Fonte: O Globo Mundo

terça-feira, 18 de junho de 2019

Senadores reagem a julgamento do STF sobre homofobia e querem anular decisão

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Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir enquadrar a homofobia e a transfobia como racismo, senadores se movimentam para tentar anular o julgamento. Parlamentares reagiram ao julgamento do STF, que avaliou omissão do Congresso por não ter aprovado até hoje uma lei sobre o tema. 
Aliado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o senador Marcos Rogério (DEM-RO) protocolou um projeto de decreto legislativo para derrubar os efeitos da decisão do STF. O argumento do parlamentar não é contra o mérito do julgamento, mas contra o papel de o Supremo "legislar" enquanto o Parlamento discute o tema. 

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Senador Marcos Rogério (DEM-RO)
"O que se coloca, portanto, não é um posicionamento em relação ao mérito da decisão adotada pela Suprema Corte, mas, sim, o de resguardar o papel constitucional do Parlamento como o principal foro da democracia, no qual as opiniões de todos os setores da sociedade podem se fazer ouvir, seja diretamente, seja por meio de seus representantes eleitos", diz o senador na justificativa do projeto.                              

A proposta foi encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Para que um decreto seja anulado pelo Congresso, um projeto como esse precisa passar pelo Senado e pela Câmara. 

Na semana passada, após o julgamento do STF, o presidente do Senado emitiu uma nota para defender o papel do Congresso em se posicionar sobre o assunto. Alcolumbre escreveu que a Constituição Federal assegura aos deputados e senadores a atribuição de legislar. "O Parlamento respeita a decisão do Poder Judiciário na sua independência e autoridade para dirimir conflitos constitucionais, mas não pode aceitar a interpretação de que é omisso, uma vez que se guia pela devido respeito à democracia e à pluralidade de opiniões, representadas nos diferentes parlamentares eleitos pelo povo", afirmou o presidente do Senado.

Um projeto que enquadra a discriminação por orientação sexual ou de identidade de gênero ao crime de racismo está pendente de votação na CCJ do Senado e, depois do colegiado, deverá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados. O Senado chegou a encaminhar um parecer ao STF para informar a aprovação da proposta na CCJ. Outra votação, no entanto, deve ser feita no colegiado por emendas terem sido apresentadas.

Fonte: Diário de Pernambuco

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Preocupação com aumento de feminicídios no Brasil motiva debate na CDH

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O aumento dos casos de assassinatos de mulheres no Brasil, os chamados feminicídios, foi debatido em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta segunda-feira (17). O pedido da audiência pública foi assinado pela senadora Leila Barros (PSB-DF) e pelo senador Paulo Paim (PT-RS), presidente do colegiado.
Ao abrir a reunião, Paim ressaltou que o problema não se refere somente às mulheres e afeta toda a sociedade. Ele citou números fornecidos pela Secretaria da CDH, segundo os quais, em 76% dos casos de feminicídios, os agressores são o atual ou o ex-companheiro das vítimas, motivados pelo inconformismo com o fim do relacionamento.
— Os dados são alarmantes e até pedi confirmação da assessoria para saber se é isso mesmo, porque é muito preocupante: a cada dois segundos, uma mulher é agredida no país, e isso se refere a todo tipo de violência — disse.

Pesquisas

De acordo com estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), a cada dez feminicídios registrados em 23 países da região em 2017, quatro ocorreram no Brasil. Naquele ano, pelo menos 2.795 mulheres foram assassinadas, das quais 1.133 no Brasil.
Já o Atlas da Violência 2018, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou uma possível relação entre machismo e racismo: a taxa de assassinatos de mulheres negras cresceu 15,4% na década encerrada em 2016. Ao todo, a média nacional, no período, foi de 4,5 assassinatos a cada 100 mil mulheres, sendo que a de mulheres negras foi de 5,3 e a de mulheres não negras foi de 3,1.

Autoridades

O secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Alessandro Moretti, informou que 84% dos crimes contra mulheres ocorrem dentro das residências, e que esse detalhe dificulta o trabalho repressivo da polícia. Ele também apontou como principal motivação para esses atos, em cerca de 60% dos casos, o sentimento de posse do homem sobre a mulher, o que ocasiona ciúme excessivo e brigas.
Moretti comentou, entretanto, que é baixo o número de queixas formalizadas sobre ações de violência contra mulheres no Distrito Federal. São 23 denúncias a cada 75 feminicídios, disse ele, explicando que a Secretaria de Segurança do DF está em fase de contratação de uma empresa especializada para realizar um estudo sobre essa estatística. O secretário reconheceu que os órgãos competentes apresentam “uma grave falha” no diagnóstico preciso, mas considerou, no entanto, que o sistema de Justiça, de modo geral, “vem funcionando bem”.
— Temos coisas para aprimorar, por exemplo, que os juízes se tornem preventos nos casos de violência contra a mulher, a fim de se criar uma identidade para essas situações — salientou.
Representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Rodrigo Capez, destacou que a principal diferença entre o homicídio comum e o feminicídio é o fato do assassinato de mulheres ser um crime de difícil prevenção, mas de fácil identificação da autoria. Segundo ele, essa percepção torna clara uma “necessidade dramática” de atuação do poder público em campanhas e medidas de prevenção.
— Nós temos uma cultura de patriarcado, de dominação do homem sobre a mulher e isso não é recente, nem é um problema específico do Brasil. E uma das principais formas de prevenção do feminicídio, na minha avaliação, são os formulários de avaliação de risco, utilizado para conscientizar a vítima sobre o grau de perigo ao qual ela está exposta e medidas para protegê-la.

Reflexões

A coordenadora do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem), Soraia Mendes, destacou a relevância dos dados e das investigações sobre as mortes de mulheres na elaboração de políticas públicas efetivas. Ela também chamou atenção para as universidades, enquanto produtoras de conhecimento, e para o que considera responsabilidade da imprensa nessa discussão. Para a especialista, o assunto envolve “uma masculinidade tóxica, em um país violento”.
— Precisamos falar sobre isso: As mulheres estão morrendo neste país. Nós somos ainda nomes em lápides, temos nossos corpos, mentes, psique e patrimônio maculados pela violência e não é à toa que a Lei Maria da Penha fala nisso. Não é um problema localizado, mas de uma nação toda — alertou.
A promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia e representante da Comissão de Direitos Fundamentais do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Sara Gama Sampaio, disse que o feminicídio é um crime evitável. E isso pode ser comprovado, segundo ela, pelas estatísticas e por sua experiência na aplicação da Lei Maria da Penha, em vigor há 13 anos.
Sara afirmou que mulheres vítimas de violência ouvidas por ela durante a elaboração de sua tese de mestrado declararam acreditar nas autoridades, e isso pode ajudar a diminuir os números de mortes. Outro instrumento capaz de ajudar a mudar as estatísticas, segundo a especialista, é a Lei do Feminicídio, sancionada em 2015.
— Estamos em quinto lugar no ranking dos países que mais matam mulheres. O feminicídio é a "ponta do iceberg", mas a maioria dos casos de violência acontece no campo íntimo, e a gente precisa ter elementos e estratégias para mudar essa realidade no nosso país.

Parlamentares

A senadora Leila Barros destacou um “sentimento de indignação” sobre o tema, citando a falta de condições do Estado de cuidar das crianças afetadas por esse problema social. Para a parlamentar, os números de feminicídios são ainda maiores do que os apontados, porque, segundo ela, há uma “falta de transparência aos olhos da sociedade”.
— É muito sério o que estamos vivendo e cada vez mais me sinto com sangue nos olhos e vontade de lutar ao lado de vocês, em busca de soluções. É uma pauta de todos nós, mulheres, homens, e do nosso país.
O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) asseverou que todos os humanos têm responsabilidade em proteger as mulheres, “não com armas, mas com amor”. Para ele, os números do Mapa da Violência impressionam, mesmo o parlamentar não tendo certeza sobre a veracidade dos números. Ao falar sobre a necessidade de esclarecimentos a respeito da competência de cada órgão, Styvenson também defendeu a identificação detalhada das motivações dos feminicídios.
— É a Justiça que falha, é a punição que não serve? Vemos alguns casos pontuais em que o próprio agente de segurança, que deveria proteger, é o causador da violência. E essas razões, se são culturais, por exemplo, precisam ser localizadas — defendeu.

Opinião popular

Internautas de diversos estados participaram da audiência pública interativa, por meio o portal e-Cidadania. Simone da Silva, do Rio Grande do Norte, sugeriu o uso do aplicativo WhatsApp como canal para pedidos de socorro. Ela acredita que essa medida facilitaria a localização da vítima e a chegada da polícia.
Keila Cristiana, de Goiás, defendeu punição mais severa para os criminosos, além de medidas educativas e de prevenção. Lucas Luan de Araujo Freitas, do Ceará, disse que os guardas municipais poderiam ter uma atuação maior na proteção das vítimas, “por estarem mais próximos da população”.
Yuri Ribeiro Sucupira, de São Paulo, disse que o maior número de vítimas de homicídio no Brasil são homens e questionou por que a legislação ainda não endureceu a punição para estes crimes. Sabrina Lage, do Rio de Janeiro, criticou a falta de estratégias de proteção para mulheres surdas.
Já Emanuella Scoz, de Santa Catarina, escreveu sobre a necessidade de políticas públicas nos municípios, com vistas a “desestruturar a cultura machista em órgãos públicos de atendimento à mulher”.
Fonte Agência Senado

terça-feira, 9 de maio de 2017

Mais de um milhão já se inscreveram no Enem 2017

Propaganda ENEM 2017 Créditos: Inep

Seleção

Inscrições podem ser feitas até 23h59 do dia 19 de maio. Expectativa é que 7 milhões de candidatos participem do exame
Mais de um milhão de candidatos já se inscreveram para a próxima edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Até 11h40 desta terça-feira (9), a soma dos candidatos em todo o Brasil registrava 1.000.072 inscrições.
O sistema foi aberto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), às 8h desta segunda-feira (8). A expectativa é que 7 milhões de candidatos façam as provas este ano.
O Inep orienta que participantes reúnam todos os dados necessários para fazer a inscrição antes de começar. A tela permanece no ar durante dois minutos e, após esse tempo, caso no usuário não execute nenhuma ação, o sistema avisa que se tornará inativo.
As inscrições podem ser feitas até as 23h59 do dia 19 de maio, exclusivamente pela página eletrônica do Enem. Já o site do exame traz dicas sobre as várias etapas do Enem. O participante também pode baixar o aplicativo para acompanhar o cronograma e receber alertas.
Atendimentos especializados serão concedidos mediante apresentação de laudo médico no ato da inscrição. O tempo adicional para esses participantes também deve ser solicitado na hora da inscrição, e não mais no dia da prova.
Fonte: Portal Brasil, com informações do MEC

sábado, 6 de maio de 2017

Para compreender um pouco sobre o conceito de Cultura

Imagem disponível na internet


"Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferenciados" (Paulo Freire)

Segundo o antropólogo britânico Tylor, que é considerado o pai do conceito moderno de cultura: “Cultura é este conjunto complexo que inclui conhecimento crença, arte, moral, lei, costumes e várias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”.
Na realidade a cultura, é todo o conjunto de obras humanas. É a cultura que distingue o homem dos outros animais. A cultura não é apenas adquirida, ela é também transformada, mudada e acrescentada.
Cultura apesar de ser obra do homem e exista para o homem, ela é uma tarefa social e não individual, ela é o conjunto de experiências vividas pelo homem ao longo de sua existência.
É a cultura que faz com que uma criança criada no Japão, fala a língua japonesa e consequentemente tenha hábitos locais e seja considerada japonesa e outra criada na Alemanha seja alemã. Dai conclui-se que a cultura embora tenha sua origem na capacidade mental do homem, não é um processo individual, mas coletivo.
Outro detalhe importante que deve ser notado e compreendido, é que por mais “culto” que o individuo possa ser, ele não consegue jamais conhecer toda a sua cultura.
Toda a cultura pode ser vista como um produto e um resultado; uma vez que os padrões culturais de hoje são o resultado de uma elaboração atual de uma tradição imemorável. A cultura de hoje, transmitida aos indivíduos quer seja na escola, ou nos grupos sociais, representa uma conquista e um acúmulo de experiências humanas de centenas de séculos.
Apesar de  se apresentar como conservadora, a cultura muda e se transforma ao longo d tempo, ela representa o esforço adaptativo do homem frente à realidade que o cerca.

*O referido texto, produzi para apresentação de trabalho acadêmico, para a disciplina de Antropologia, na época ministrada pelo professor Ms. Josué Euzébio. Revendo meus arquivos, encontrei o mesmo e resolvi compartilhar no blog. Espero que os leitores tenham gostado do texto e que o mesmo venha a ser útil.


sábado, 5 de novembro de 2016

Agrestina é destaque na superedição de fim de semana do Diário de Pernambuco

   
Créditos: K9 Produções 

   Município com população estimada em 24 mil habitantes, figura entre as cidades pernambucanas que mais conseguiram alocar recursos através de emendas parlamentares no Congresso Nacional. 
Em época de crise, com cortes no orçamento, ir em busca de recursos junto a parlamentares, tem sido uma saída para realização de obras nos municípios de pequeno porte. Infelizmente, poucos gestores procuram os parlamentares federais para conseguir recursos para melhorias nos municípios. 
   O Diário de Pernambuco na superedição de fim de semana, destaca que apenas 50 municípios estão na rota das emendas parlamentares e conseguiram  alocar recursos no orçamento da união para o ano de 2017. 
  Na matéria publicada no Diário de Pernambuco, o município de Agrestina foi destaque, já que através do levamento feito pelo jornal, Agrestina foi a 5ª cidade entre as 50 que receberão recursos. O jornal atribue este resultado a boa articulação política do prefeito junto aos parlamentares federais.        No tocante ao município de Agrestina, a matéria do DP, ressaltou que:


 "O gestor de Agrestina, Thiago Nunes (PMDB), soube se movimentar. A cidade não tem nenhuma emenda individual de grande valor, mais ao garantir cinco emendas, junto a cinco parlamentares diferentes, a cidade empatou com Garanhuns no quinto lugar entre os municípios com maior valor de emendas."
    

     Com este resultado o município de Agrestina, somou um montante de R$ 3,4 milhões, conseguidas graças aos esforços do prefeito reeleito Thiago Nunes (PMDB), junto aos deputados: Adalberto Cavalcanti (PTB), João Coutinho (PSB), Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Silvio Costa (PT do B), além do Senador Armando Monteiro (PTB). 
  Sobre as obras contempladas para Agrestina no orçamento da união, o jornal destaca que contemplam recursos para recapeamento asfáltico, reformas de campo de futebol, manutenção de unidades de saúde, estruturação de Academia da Cidade e apoio a prevenção de desastres. 
    Confira a lista dos municípios que conseguiram mais emendas parlamentares no orçamento da união para o ano de 2017:
  1. Recife R$ 201,6 milhões
  2. Palmares R$ 100 milhões 
  3. Salgueiro R$ 50 milhões
  4. Caruaru R$ 7 milhões 
  5. Agrestina R$ 3,4 milhões
  6. Garanhuns R$ 3,4 milhões
  7. Cabo de Santo Agostinho R$ 2 milhões
  8. Caetés R$ 1,6 milhão
  9. Igarassu R$ 1,55 milhão
  10. Santa Cruz do Capibaribe R$ 1,5 milhão

Thiago Nunes (PMDB)

Se compararmos Agrestina, com o vizinho município do Bonito, localizado também no Agreste, o município de Agrestina receberá praticamente 6 vezes mais, tendo em vista que Bonito recebeu emenda parlamentar no montante de apenas R$ 500 mil. Outro destaque é que poucos municípios no entorno de Agrestina, foram contemplados com emendas parlamentares. Com esta boa articulação política junto a bancada de Pernambuco, o prefeito Thiago Nunes (PMDB), tende a exercer o seu segundo mandato com a realização de diversas melhorias, tornando a cidade de Agrestina a ser modelo de gestão para diversos municípios do estado.



Por: Paulo Junior com informações do Diário de Pernambuco


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