Por Paulo Monteiro Júnior

sábado, 12 de março de 2016

Aos que vão protestar contra Dilma...

Em artigo, deputado relembra a relação da presidenta Dilma Rousseff e a ditadura militar.
Independentemente do seu posicionamento politico, vale a pena conferir.


Deputado Bohn Gass PT - RS 


Na ditadura militar, brasileiros ou brasileiras que se revoltassem contra qualquer coisa, eram presos a uma cadeira de zinco ligada a fios desencapados que disparavam choques causando convulsões, queimaduras e mordidas que decepavam a própria língua. Na ditadura militar, quem defendesse eleições livres era amarrado nu numa barra de ferro atravessada entre os punhos e os joelhos enquanto sofria pancadas, choques e queimaduras de cigarro. Na ditadura militar, quem discordasse de qualquer ação do governo sofria “telefones”, tapas tão violentos contra os dois ouvidos que rompiam tímpanos e provocavam surdez.
Na ditadura militar, quem denunciasse qualquer ato de corrupção tinha as narinas fechadas e, na boca, um cano que fazia engolir água até o afogamento. Na ditadura militar, quem ofendessem o presidente, uma autoridade do regime ou mesmo um amigo do sistema, tinha a cabeça mergulhada num tanque cheio de água e sua nuca era forçada para baixo até o limite. Na ditadura militar, quem pedisse direitos iguais era despido e jogado numa cela baixa que impedia ficar de pé por dias, sem água e sem comida, recebendo rajadas super frias alternadas a ondas de calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes.
Então, quando você ouvir o som dos foguetes de Jair Bolsonaro, quando encontrar alguém com um cartaz pedindo intervenção militar, quando participar de um movimento onde haja pessoas defendendo isso, lembre-se: você está sendo cúmplice de um modelo que assassinou, enlouqueceu, mutilou e estuprou muitos brasileiros e brasileiras. Eles e elas eram pessoas como você. Só queriam poder dizer o que pensam, manifestar sua inconformidade. Não aceitavam mandos e desmandos sem qualquer explicação. Consideravam legítimos os direitos das mulheres, do povo negro, dos indígenas, dos sem-terra e, especialmente, daqueles brasileiros e brasileiras que, por ganharem pouco ou quase nada, não tinham acesso ao estudo, à casa própria. O único crime desses homens e mulheres era a sua inconformidade com um país onde uns poucos brancos e ricos viviam muito bem, enquanto a maioria era submetida à fome, à miséria e a salários aviltantes.

Entre esses brasileiros e brasileiras estava uma mulher chamada Dilma Vana Rousseff. Hoje, é ela quem governa o Brasil. E é por nossa governante ser Dilma, e não um ditador ou seus comparsas, que você, se quiser, pode protestar livremente, contra o que bem entender, inclusive contra o governo da própria Dilma. Ela foi torturada para que você pudesse ter esse direito. Então, faça sua manifestação como bem entender, mas antes de ofender Dilma, pense nisso.

Fonte: Agencia PT

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