Por Paulo Monteiro Júnior

sábado, 16 de julho de 2016

Trotes no Samu Agreste modificam de perfil


Campanha divulgada pela Infonet

Hoje, o crime está sendo cometido menos no período de férias escolares e mais durante o dia e por adultos

Jaciara Fernandes
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), no Agreste pernambucano, continua registrando um alto número de trotes, uma brincadeira de mau gosto que além de ser crime põe em risco a vida de quem precisa de socorro. Apesar das campanhas institucionais, a falta de consciência tem persistido por parte da população. O que mudou quanto ao trote foi com relação ao período em que ele vem mais ocorrendo, não sendo mais durante o período de férias escolares como vinha acontecendo já há algum tempo.
De acordo com os dados divulgados pelo Samu Agreste, com sede em Caruaru, de janeiro até junho deste ano foram registradas 56.092 chamadas. Desse total, 8.694 corresponderam a trotes, o que representou 15% de ligações que só atrapalharam o serviço. Foi na segunda quinzena do mês de janeiro que aconteceram mais trotes, totalizando 18.49% das ligações. No mesmo período de 2015, foram registradas 36.817 chamadas no serviço sendo 13.467 trotes. Os números significam que 37% se trataram de trotes e a maior parte se concentrou no mês de março, quando 45% das ligações se configuraram na prática.
Outro dado interessante se referiu ao perfil de quem está mais ligando atualmente para o órgão para passar trote. Antes, os registros de chamadas eram feitos em sua maioria por crianças e durante o período do dia. Hoje, os adultos vêm liderando este ranking negativo, que só tem prejudicado a população. Outra informação nova é que mudou o perfil dos trotes que antes, em sua maioria, eram feitos à noite. Agora, a prática tem ocorrido mais durante o dia em 98% dos casos por aparelhos celulares.

Ana Elizabeth coordenadora do Samu Agreste
Foto: Jornal de Caruaru

Segundo a coordenadora do Samu Agreste, Ana Elizabeth, os trotes têm prejudicado a população em vários sentidos, especialmente, porque mantém a linha ocupada e quem necessita do serviço fica na espera e muitas vezes não é atendido. "Além disso, deixamos de prestar o socorro ao paciente quando um minuto significa uma vida", enfatizou. Ela acrescentou que o trote é crime e consta no Código Penal Brasileiro como "crime de interrupção de comunicado de serviço público de urgência e emergência''. "A pessoa que for identificada poderá pagar multa de valor variado ou cumprir de 6 meses a 1 ano de reclusão", alertou.
Hoje, o Samu Agreste conta com nove atendentes.


Por: Jornal Vanguarda

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